Recentemente foi publicado um artigo na revista científica  Fertility and Sterility®, em que confronta algumas pesquisas que vêm corroborando o conceito de transferência total de embriões congelados (freeze all).

Neste estudo foi utilizado dados da Society for Assisted Reproductive Technologies para identificar todos os ciclos de FIV autólogos frescos e congelados de 2004 a 2013, resultando em um teste de gravidez positivo. Os ciclos foram divididos em quatro níveis de [1] transferência de blastocisto fresco, [2] transferência de não-blastocisto fresco, [3] transferência de blastocistos congelados e [4] transferência de não-blastocismo congelada.

Foram examinados um resultado composto de implantação anormal, definido como gravidez bioquímica, gravidez ectópica / heterotópica e perda de gravidez no primeiro trimestre. 

Resultados
Dos 509.938 ciclos analisados, os resultados individuais evidenciaram que transferências de embriões a fresco apresentaram menor risco de gravidez bioquímica e perda de gravidez, mas um maior risco de gravidez ectópica / heterotópica.

Conclusão
As transferências de blastocistos frescos tiveram o menor risco geral de implantação anormal, mas um maior risco de gravidez ectópica / heterotópica. Embora a criopreservação embrionária seja indicada em certos ciclos de tratamento, a criopreservação eletiva de embriões pode não ser a estratégia ideal para ser adotada em todos os ciclos.

Vale ressaltar, que este estudo, ainda merece ampla discussão sobre o assunto e a individualização de cada tratamento deve ser levada em consideração durante a consulta médica.

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Dr. Igor Faria Dutra