Reportagem publicada pela CNN, noticia o nascimento de um bebê em 5 de janeiro deste ano, resultado de uma técnica experimental conhecida como “transferência pronuclear” e às vezes referida como FIV tripartite. A mãe ucraniana de 34 anos sofria de “infertilidade inexplicada”, segundo o Dr. Valery Zukin, diretor da Clínica de Medicina Reprodutiva de Nadiya (Kiev, Ucrânia), onde foi realizada a controversa técnica de transferência pronuclear. Ela não tinha doença mitocondrial.Esse fato é significativo para muitos observadores.
Em 2015, o Reino Unido aprovou a transferência pronuclear, mas apenas para as mulheres que sofrem de doença mitocondrial. A técnica substitui as mitocôndrias defeituosas no óvulo de uma mãe por mitocôndria saudável de doadora, como forma de evitar que a doença mitocondrial seja transmitida a uma criança.
Bebês do sexo masculino, portadores de mitocôndrias de doadoras, não podem passar sua genética modificada para sua prole no futuro, visto que, uma vez que o espermatozóide se funde com um óvulo para formar um embrião, a mitocôndria masculina murcha e morre deixando o embrião apenas mitocôndria de origem materna.
A razão por que este método experimental é motivo de preocupação são as modificações genéticas produzidas em uma menina que poderiam assim ser passadas adiante, para seus filhos.
Importante ressaltar que a técnica de transferência pronuclear não é realizada no Brasil e ainda não autorizada em inúmeros países pelo mundo, incluindo E.U.A.
P.S.: O texto desse post foi retirado da reportagem da CNN e traduzido.
Link para leitura completa da notícia.
Vídeo explicativo sobre a nova técnica.
Obrigado.
Dr. Igor Faria Dutra